Muitas pessoas se frustram após realizar diversas sessões de escleroterapia sem obter os resultados desejados. É importante entender que o sucesso do tratamento depende de vários fatores, e que a ausência de resultados satisfatórios pode estar relacionada a causas que vão além da técnica utilizada. Vamos abordar os principais motivos pelos quais os vasinhos podem não desaparecer após as aplicações e como otimizar os resultados.
1. O Problema na Raiz: As Veias Nutridoras
Um dos principais motivos para a falha no tratamento é a presença de veias nutridoras que não foram tratadas. Essas veias, também chamadas de veias reticulares, microvarizes ou mesmo veias maiores com refluxo, são responsáveis por alimentar os vasinhos. Sem tratá-las, o problema persiste.
Os possíveis desfechos ao ignorar as veias nutridoras incluem:
- Funcionamento parcial: Em casos de veias de pequeno calibre e baixo fluxo, as substâncias esclerosantes podem atingir parcialmente a veia nutridora, proporcionando um resultado estético temporário.
- Resultados de curta duração: Ao não tratar a veia nutridora, novos vasinhos podem surgir rapidamente na mesma região.
- Fracasso total do tratamento: Quando os vasinhos estão conectados a veias nutridoras de maior calibre ou a veias safenas com alto fluxo, a substância esclerosante é rapidamente lavada antes de surtir efeito, resultando em aplicações sem sucesso.
Para tratar adequadamente, é necessário associar técnicas como escleroterapia líquida, espuma, laser transdérmico e laser endovenoso.
2. Documentação Fotográfica: Avaliação do Antes e Depois
Outro fator que pode causar a impressão de que o tratamento não funcionou é a falta de documentação adequada. Muitos pacientes se esquecem da aparência inicial dos vasinhos e, ao longo das sessões, podem não perceber a evolução.
A fotografia do antes e depois é uma ferramenta importante para:
- Avaliar objetivamente os resultados alcançados.
- Identificar a necessidade de mais sessões em áreas específicas.
Embora uma única sessão possa não ser suficiente para destruir completamente um vasinho, a documentação permite acompanhar a eficácia do tratamento ao longo do tempo.
3. A Escolha da Substância e da Técnica Adequada
Nem todas as escleroterapias são iguais. Existem diferentes tipos de substâncias esclerosantes, com potências e modos de ação variados, que são escolhidos de acordo com:
- O tipo de vasinho a ser tratado.
- A localização e calibre do vaso.
- A resposta individual de cada paciente.
Além disso, o uso combinado de técnicas, como escleroterapia líquida associada ao laser transdérmico, pode acelerar o tratamento e reduzir o número de sessões necessárias. Esse planejamento personalizado é fundamental para otimizar os resultados.
Como Garantir um Tratamento Eficaz?
Para evitar frustrações e alcançar os melhores resultados, é essencial:
- Realizar uma avaliação completa com um angiologista ou cirurgião vascular, que investigará a presença de veias nutridoras por meio de exames clínicos e de imagem.
- Seguir um plano de tratamento personalizado, que pode incluir a combinação de diferentes técnicas e substâncias.
- Documentar a evolução com fotografias, permitindo uma análise objetiva do progresso.
- Ter paciência, pois alguns vasinhos podem exigir mais de uma sessão para serem completamente tratados.
Conclusão
O tratamento de vasinhos vai além da simples aplicação de substâncias esclerosantes. É um processo que exige planejamento, avaliação minuciosa e, muitas vezes, a combinação de diferentes abordagens. Com o acompanhamento adequado de um especialista, é possível atingir resultados satisfatórios, melhorando a estética e a saúde vascular. Se você está enfrentando dificuldades no tratamento, consulte um médico especializado para reavaliar o caso e ajustar a abordagem.